A Achilles realiza uma média de 6.500 auditorias por ano em mais de 60 países, incluindo países considerados de risco. Ao analisarmos os resultados obtidos nas auditorias realizadas no último ano aos fornecedores considerados de risco pelas empresas compradoras membros da comunidade, podemos avaliar o progresso e a importância que as empresas atribuem aos critérios ESG.
Cada vez mais, a legislação exige que as empresas implementem processos eficazes para prevenir e mitigar os impactos negativos nos direitos humanos, meio ambiente e clima. Além disso, os clientes e partes interessadas também querem trabalhar com empresas comprometidas com a sustentabilidade. Levando em consideração o exposto, os resultados revelam desafios significativos que as empresas podem enfrentar, especialmente com a implementação da Diretiva sobre diligência devida em matéria de sustentabilidade na União Europeia.
O primeiro dado alarmante que encontramos é que 21,4% das empresas ainda não possuem um código de conduta que inclua cláusulas ESG e contratuais. Esses códigos são essenciais para promover práticas éticas e sustentáveis e costumam ser o primeiro passo no caminho da medição e melhoria dos critérios ESG.
Outra descoberta preocupante é que apenas 46,4% das empresas estabeleceram um processo formal para identificar os riscos de sustentabilidade em sua cadeia de fornecimento. Esse percentual varia, sendo de 56,5% para empresas com mais de 250 funcionários e de 39,4% para empresas com menos de 250 funcionários. Realizar uma avaliação ESG permite obter os dados necessários para tomar decisões de compra estratégicas e estabelecer planos de melhoria onde necessário.
No que diz respeito à inclusão de critérios ESG para a seleção de fornecedores, 78,3% das empresas com mais de 250 funcionários já adotaram esses critérios, em comparação com 54,5% das empresas com menos de 250 funcionários.
Quantas empresas vão além e realizam auditorias ESG em sua cadeia de fornecimento? Menos de 40% das empresas as realizam, o que indica uma falta de supervisão abrangente na cadeia de fornecimento.
Finalmente, são muito poucas as empresas que decidiram estender os princípios ESG ao Tier 2. Apenas 30,4% das empresas estão tomando medidas para garantir essa integração. As organizações com menos de 250 funcionários, com 24,2%, apresentam uma implementação ainda mais baixa em comparação com as organizações com 39,1%.
Com a Diretiva sobre diligência devida em matéria de sustentabilidade no horizonte, e diante das crescentes necessidades por parte de clientes e partes interessadas na implementação da sustentabilidade no âmbito empresarial, esses dados destacam a urgência de melhorar e fortalecer as práticas ESG nas cadeias de fornecimento.
Uma vez que a Diretiva seja implementada pelos Estados membros da União Europeia, muitas dessas medidas não serão mais opcionais. Os departamentos de compras e/ou cadeia de fornecimento das empresas afetadas terão que adotar as seguintes medidas:
- Avaliação de riscos: As empresas deverão realizar uma avaliação abrangente de riscos em suas cadeias de fornecimento para identificar possíveis impactos adversos.
- Estabelecimento de políticas e práticas: Os departamentos de compras deverão desenvolver políticas e práticas que promovam a prevenção e mitigação dos impactos adversos identificados.
- Monitoramento e acompanhamento: A Diretiva exigirá a implementação de um sistema de monitoramento e acompanhamento da eficácia dos procedimentos de diligência devida.
- Relato e transparência: As empresas deverão divulgar publicamente seus esforços, aumentando assim a transparência e a responsabilidade de suas cadeias de valor.
Pode encontrar mais informações sobre a CSDDD e seus requisitos em nosso guia.
A Achilles apoia empresas em todo o mundo na avaliação e melhoria dos critérios ESG nas cadeias de valor. Para obter mais informações sobre nossas soluções de diligência devida na cadeia de fornecimento alinhadas com a Diretiva, solicite uma reunião com nossa equipe de especialistas.